segunda-feira, março 16, 2009

Lista de anfíbios de Portugal

A Lista de anfíbios de Portugal inclui todas as espécies de rãs, sapos, salamandras e tritões existentes em Portugal. A lista inclui 20 espécies e está organizada por ordem e família. A Península Ibérica é uma zona de elevado número de espécies endémicas, incluindo várias espécies de anfíbios. Isto deve-se a que, durante a última glaciação, várias espécies se refugiram nas penínsulas do sul da Europa[1]. São endémicas da Península Ibérica: a Salamandra-lusitânica, o tritão-ibérico, o sapo-parteiro-ibérico, a rã-de-focinho-pontiagudo e a rã-ibérica.

A nível de situação conservacionista, os anfíbios estão menos ameaçados que os répteis, em Portugal[2]. No entanto, as populações de anfíbios em todo o mundo estão a sofrer um acentuado declínio devido principalmente à perda de habitat, doenças, e mudanças climáticas[3][4]. Em Portugal, foi detectado no Gerês que várias espécies de tritões e rãs estavam infectadas com uma espécie desconhecida de vírus[5].

Nome Comum
(Nome científico)
Informações Foto
Ordem Caudata - Família Salamandridae
Goldfuss, 1820
Salamandra-de-fogo
(Salamandra salamandra)
Caracteriza-se pelas presença de pintas amarelas pelo corpo todo. Espécie bastante comum. Costuma encontrar-se em noites húmidas a atravessar estradas, durante a sua migração.
Salamandra-lusitânica
(Chioglossa lusitanica)
Distingue-se de todas as outras espécies de salamandra portuguesas pelo tamanho da sua cauda, que ultrapassa o tamanho do resto do corpo. Esta espécie endémica da Península Ibérica é o símbolo da área protegida da Serra de Valongo.
Salamandra-de-costelas-salientes
(Pleurodeles waltl)
Espécie de grande tamanho, sendo a maior da Europa. Como defesa contra predadores, as costelas tem pontas afiadas que saem por perfurações na pele.
Tritão-ibérico
(Lissotriton boscai)
Tritão de pequeno tamanho. Pode ser confundido com o tritão-palmado, embora tenha o ventre laranja, e o tritão-palmado tenha a barriga amarela.
Tritão-palmado
(Lissotriton helveticus)
Deriva o seu nome das membranas interdigitais que possui nas patas posteriores. Em Portugal, existe apenas a subespécie T. h. alonsoi e distribui-se a Norte do rio Vouga.
Tritão-marmoreado
(Triturus marmoratus)
Espécie de meio porte. Surge apenas a Norte do Rio Tejo. Tem um padrão corporal de vários tons de verde. Os machos podem apresentar uma pequena crista dorsal durante a época de reprodução
Tritão-marmoreado-pigmeu
(Triturus pygmaeus)
Anteriormente considerada subespécie do tritão-marmoreado, distingue-se deste pelo seu menor tamanho e um padrão de cores diferente[6].
Tritão-de-crista-italiano
(Triturus carnifex)
Embora esta espécie seja endémica das Penínsulas itálica e balcânica, foi introduzida recentemente nos Açores[7]
Ordem Anura - Família Discoglossidae
Günther, 1858
Sapo-parteiro-ibérico
(Alytes cisternasii)
Os machos desta espécie transportam os ovos nas costas. Distingue-se do sapo-parteiro-comum pelo chamamento. Existe principalmente a Sul do Tejo e no interior do país perto perto da fronteira com Espanha. Este espécie é mais um endemismo da Península Ibérica.
Sapo-parteiro-comum
(Alytes obstetricans)
Tal como o sapo-parteiro-ibérico, são os machos que cuidam dos ovos, transportando-os nas costas. Esta espécie existe por toda a Europa ocidental, mas a sua distribuição é fragmentada em Portugal, onde existe apenas a norte do rio Tejo e na Serra de São Mamede.
Rã-de-focinho-pontiagudo
(Discoglossus galganoi)
Embora da mesma família que os sapos-parteiros, a sua pele é bastante mais lisa.
Ordem Anura - Família Pelobatidae
Bonaparte, 1850
Sapo-de-unha-negra
(Pelobates cultripes)
Os adultos desta espécie possuem duas calosidades nas patas anteriores, que os ajudam a cavar um buraco na terra, onde se escondem durante o dia. Os girinos desta espécie são fáceis de identificar devido ao seu grande tamanho, comparado com outras espécies.
Ordem Anura - Família Pelodytidae
Bonaparte, 1850
Sapinho-de-verrugas-verdes
(Pelodytes punctatus)
Animais muito pequenos, atingindo em adultos apenas 4,5 cm. Apresentam verrugas alongadas nas costas, muitas vezes em filas ao longo do corpo.
Sapinho-de-verrugas-verdes-ibérico
(Pelodytes ibericus)
Espécie recentemente descrita. Anteriormente julgava-se que fazia parte da espécie Pelodytes puntactus.
Ordem Anura - Família Bufonidae
Gray, 1825
Sapo-comum
(Bufo bufo)
Sapo muito comum por toda a Europa. Os adultos passam a maior parte do ano em terra. Durante a migração para os locais de reprodução, muitos animais desta espécie são atropelados nas estradas. Em alguns locais, são feitos túneis debaixo de estradas nos corredores de migração, para limitar a quantidade de mortes.
Sapo-corredor
(Epidalea calamita)
Mais pequeno que o sapo-comum. As suas patas posteriores são grandes, o que lhas dá uma forma estranha de andar. Distingue-se do sapo-comum por uma risca amarela ao longo da coluna.
Ordem Anura - Família Hylidae
Rafinesque, 1815
Rã-arborícola-europeia
(Hyla arborea)
Muitas vezes vistas penduradas em caniço ou outro tipo de vegetação. Como começam a coaxar quando se aproxima chuva, era usada antigamente como barómetro.
Rela-meridional
(Hyla meridionalis)
Ligeiramente menor que a rã-arborícola-europeia. A risca lateral preta estende-se apenas até às patas anteriores.
Ordem Anura - Família Ranidae
Rafinesque, 1814
Rã-ibérica
(Rana iberica)
Endémica do Noroeste da Península Ibérica. Em Portugal, encontra-se maioritariamente a Norte do rio Tejo, embora haja uma população isolada na Serra de São Mamede.
Rã-verde
(Rana perezi)
Espécie muito comum em toda o território continental. Foi introduzida tanto na Madeira como nos Açores.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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