terça-feira, setembro 29, 2009

Entrevista - Ailton São Paulo

Por: André Azenha

Foto: Arquivo pessoal/Ailton São Paulo

ailton

Nascido em Riachão do Jacuípe, cidade do semiárido baiano, o escritor e poeta Ailton São Paulo faz parte de uma família que respira arte e cultura. É sobrinho do cineasta Olney (1936-78), um dos destaques do Cinema Novo, e primo dos atores Irving (1964-2006) e Ilya. Mas diferente dos parentes, que escolheram trilhar carreiras ligadas ao cinema e televisão, Ailton, mesmo sendo cinéfilo e admirador de filmes como “Gênio Indomável”, “O Último Portal”, “O Quarto Poder”, “Segredos do Poder” e “O Nome da Rosa”, optou por seguir o caminho literário.

”Meu avô, Antônio São Paulo, foi maestro e um grande divulgador da música na região do semiárido baiano. Por vários anos manteve a ‘Filarmônica Euterpe Jacuipense’, presença constante nas datas comemorativas e nos eventos sociais do município de Riachão do Jacuípe. Li Monteiro Lobato, mas li ‘Urupês’, seu livro de contos, e, só bem mais tarde iria ler ‘Reinações de Narizinho’, conta Ailton, que mergulhou de cabeça em contatos, crônicas e romances. “De crônica li Henrique Pongetti; contos, lia Drumond; romances, lia clássicos, como ‘O Criminoso’, de François Copée, ‘O Leopardo’, de Lampedusa, ‘A Cartuxa de Parma’, de Stendhal… e assim por diante. Da leitura, portanto, nasceu meu interesse pela arte, de um modo geral, e pela literatura, especificamente. Comecei a escrever poemas, mas antes, aos oito, nove anos, se a memória não me falha, escrevi uma peça de teatro que falava da aculturação indígena”.

Ailton foi articulista dos jornais “Gazeta da Bahia”, “Folha Regional”, “Folha do Norte” e até chegou a se enveredar pelas artes cênicas, no Grupo de Teatro Boca de Cena. Seu primeiro livro, “O Último Selo”, seguiu o caminho da poesia e encontra-se esgotado. No momento ele prepara o lançamento de sua segunda obra, “Cem Sonetos de Amor”, que deve acontecer em 17 de julho, e projeta seu primeiro trabalho em prosa.

Atualmente residindo em Feira de Santana, o escritor, poeta, ator e articulista concedeu uma entrevista exclusiva ao CineZen, em que, além de contar em detalhes o início de seu interesse pelas artes, a influência de sua família e seus próximos projetos, e desancar Woody Allen (“…é um bosta metido a intelectual preso a um universo limitadíssimo: a ilha de Manhattan.”), aproveitou para comentar a situação da cultura nordestina, que em sua maior parte segue restrita à própria região, principalmente em virtude das televisões do Nordeste. “A barreira, ainda existe. Não mais por preconceito, felizmente, mas por comodismo da classe empresarial nordestina. É mais cômodo ser uma emissora afiliada do que a ‘cabeça’ de uma rede de televisão nacional. Minimiza-se custos e otimiza-se lucros. Tudo bom, bonito e barato. Mas isto quem perde é a cultura brasileira, afinal, na mesma proporção que se priva uma comédia maravilhosa como ‘Vixi Maria, Deus e o Diabo na Bahia’ do Brasil, se priva, igualmente, o Brasil de saber dessa comédia”.

Abaixo, o bate-papo completo.

Me fale do início da sua carreira como escritor. Como surgiu seu interesse pela arte?
Ailton São Paulo - A arte está em mim, acredito, desde o momento em que nasci....

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Fonte: http://cinezencultural.com.br

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